PRÊMIO EDUCADOR DO ANO 2012 OUTORGADO À PROFA. ENEDITH BRAZ DA SILVA NO DIA 28 DE FEVEREIRO DE 2013 NO TEATRO DA CDL


        NOITE MEMORÁVEL

Assim foi a noite de 28 de fevereiro de 2013, em que a Academia de Educação de Feira de Santana realizou a sessão solene para outorga do Prêmio Educador do Ano - edição de 2012, À Profa. Enedite Braz da Silva. O teatro da CDL ficou lotado. Familiares, amigos, alunos e ex-alunos, pais e professores da Escola João Paulo I, além de muitos paroquianos da Senhor dos Passos, onde ela vive e professa a sua fé.

A sessão solene foi precedida de uma apresentação cultural exibida por crianças da Escola João Paulo I, um tributo à Feira de Santana, terra que acolhe pessoas de todos os recantos, assim como acolheu a Profa. Enedite em 1956.

A justificativa do Prêmio coube ao acadêmico Geraldo Leite, um dos protagonistas da história da criação da UEFS, instituída por Decreto do então Governador Luis Viana Filho, patrono do prêmio. Em seu pronunciamento, ele lembrou um episódio vivido no ano de 1969 quando, acompanhado do Deputado Wilson Falcão e outros que, como ele, sonhava com uma Instituição de Ensino Superior em Feira de Santana, foi à Universidade de Brasília para apresentar ao Reitor o Projeto de uma Faculdade de Medicina que havia elaborado, com o objetivo de obter subsídios e parecer sobre o mesmo. Durante a audiência com o Reitor daquela instituição, foram surpreendidos com a invasão da policia (vivia-se a época da ditadura) ficando todos detidos no prédio, sendo liberados graças ao Deputado Wilson Falcão que convencera os policiais de que aquele grupo era composto de parlamentares. Neste incidente, o projeto foi extraviado, sendo necessário refazê-lo por inteiro, já na perspectiva de criação da Universidade Estadual de Feira de Santana, uma vez que o Governador havia decidido publicar o Decreto 21.583, de 28 de novembro de 1969, dispondo sobre a instalação da Fundação Universidade de Feira de Santana e designando a comissão para elaborar o anteprojeto de implantação. Disse que a descrição deste fato é para transmitir à geração atual um pouco da luta para ser implantada a primeira universidade pública do interior da Bahia, da qual ele teve a honra de ser o primeiro Reitor.

Na seqüência, a acadêmica Elza Santos Silva em seu belíssimo pronunciamento, apresentou a Profa. Enedite como uma pessoa que desde a infância já prenunciava o dom de educar e já traçava o perfil de uma personalidade altruística. Relembrou educadores desta terra, citando como exemplo a Profa. Valdemira Brito, a saudosa Professora Nena que, como Enedite, iniciou sua escola na garagem de casa e acentuou: "a educação se contem de autenticidade, de verdade, de compromisso e perseverança; e por possuir estas prerrogativas, a Profa. Enedite hoje trabalha numa escola com preciosas instalações e estrutura pedagógica, onde abriga cerca de 900 alunos e um corpo docente de alto nível". Ressaltou que não só a Academia mas toda a Feira de Santana hoje homenageia uma mulher que além de educadora é possuidora de uma fé esclarecida e uma esperança corajosa, além do espírito de perseverança e de simplicidade que a faz respeitada e admirada por todos.

No seu discurso, a Profa. Enedite emocionou a platéia ao historiar a sua trajetória desde que aqui chegou, aos 13 anos de idade, para realizar o exame de admissão e iniciar os seus estudos, relembrando nomes de mestres educadores com quem convivera, à exemplo do Professor Joselito Amorim, membro da academia e presente na solenidade.

Partilhou o prêmio com seus familiares, especialmente os filhos que seguiram a sua trajetória como educadores e fez uma homenagem ao seu esposo Antonio, falecido no final do ano passado, sendo interrompida pelo aplauso dos presentes.

Encerrou o seu discurso conclamando: "não deixemos a educação morrer!" E para reflexão, fazendo analogia à letra da música, foi entoada a canção "não deixe o samba morrer" (Alcione), embalando a todos num só sentimento: "não deixe a educação morrer".

A Presidente da Academia, Profa. Anaci Paim, fez o seu pronunciamento voltando o olhar para os primórdios da Feira de Santana citada nos poemas de Eurico Boaventura, o qual, na década de 30 definia um perfil de cidade masculinizada, chamando-a de "menino vaqueiro". Mais tarde, em outro poema, já apresentava a nova fisionomia, quando a denominava de "Minha cidade adolescente". Em seguida, vem Georgina Erisman e nos versos do Hino à Feira, retrata uma terra que se quer pacífica, promissora e protegida, e a denomina de princesa, a nossa Princesa do Sertão. Cita os principais símbolos históricos do cenário urbano, desde os primórdios e destaca que hoje, a educadora e cidadã Enedite, com sua dedicação e empenho, cria um novo símbolo para esta cidade: a Escola Básica João Paulo I, exemplo que ultrapassa as ações do ambiente educacional oficial e expande, para os seus filhos, no desejo revelado da continuidade de tudo que fez e continua fazendo com amor e empenho, no propósito de "não deixar a educação morrer".

E concluiu dizendo: "ao homenageá-la, a Academia de Educação de Feira de Santana cumpre um dos seus objetivos que é o de reconhecer o trabalho de educadores que se dedicam à causa de formar cidadãos para um mundo melhor. É este o papel primordial de uma academia. É este o papel também desta Academia, que vai continuar promovendo homenagens desta natureza".

Após a sessão solene, aconteceu uma confraternização onde todos tiveram a oportunidade de abraçar a homenageada, num clima de verdadeiro congraçamento entre os presentes.

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