VI SEMINÁRIO O DESAFIO DE LER E ESCREVER NOS ANOS INICIAIS.

O VI SEMINÁRIO NACIONAL SOBRE QUALIDADE DA EDUCAÇÃO BÁSICA foi realizado no Dia do Professor, no teatro do CUCA, com o tema O DESAFIO DE LER E ESCREVER NOS ANOS INICIAIS. Foi um evento produtivo, contando com a presença de aproximadamente 100 pessoas, destacando-se a participação de membros da Academia Baiana de Educação, à exemplo do seu Presidente Prof. Astor Pessoa e da Presidente de Honra Profa. Leda Jesuino dos Santos, que também é Acadêmica Correspondente da Academia de Educação de Feira de Santana, do Vice-Prefeito Luciano Ribeiro, alunos do ensino superior, professores e os membros da Academia de Educação.

A Mesa Redonda foi coordenada pela Acadêmica Yara Maria Cunha Pires e teve como expositoras as Professoras Maria Thereza Marcílio, gestora da AVANTE e membro da Academia Baiana de Educação, que contextualizou o problema e as Professoras da UEFS Ana Carla Lima, que abordou o tema Convergências e Divergências Metodológicas no processo de aquisição da leitura e da escrita e Marilda Carneiro Santos com o tema Dificuldades e possibilidades de aquisição da leitura e da escrita.

A Professora Tereza Marcilio, iniciou apresentando dados da evolução do alfabetismo no Brasil, tomando por base pesquisas do IBGE e PNAD, chegando à conclusão que o Brasil avançou nos níveis iniciais de alfabetização, mas o progresso não é visível nos níveis mais altos. E que os esforços do governo e da população em se manter mais tempo na escola básica e em buscar o ensino superior não resulta nos ganhos de aprendizagem esperados. E indaga: já enfrentamos o problema na origem? E elencou alguns desafios que ainda devem ser superados, visando construir uma nova qualidade com base na equidade e na garantia dos princípios da Constituição, destacando a necessidade de investimentos em qualidade, através da formação de professor, adequação das escolas, dos equipamentos e dos currículos, políticas inter-setoriais que favoreçam a permanência na escola, alem da aplicação de modelos flexíveis, concluindo que é necessário fortalecer a dimensão do alfabetismo (desenvolvimento de habilidades de leitura/escrita e matemática) não somente nos anos iniciais mas ao longo de todo o Ensino Básico e EJA.

A Profa. Ana Carla Lima apresentou o tema PROCESSOS DE AQUISIÇÃO DA LEITURA E ESCRITA: AS CONVERGÊNCIAS E DIVERGÊNCIAS METODOLÓGIOCAS, iniciando com duas afirmativas: a primeira de que os alunos alfabetizados continuam apresentando resultados insatisfatórios em provas oficiais como as do ENEM, SAEB e Prova Brasil. A segunda afirmativa é de que por causa desses resultados há manifestações de alguns setores da sociedade que afirmam que a proposta construtivista de ensino e de aprendizagem, da leitura e da escrita, teria fracassado na experiência brasileira. Fez uma retrospectiva a partir da década de 70, com reflexões acerca do assunto e indaga: "Será que os alicerces conceituais e éticos da escola tradicional não continuam intocáveis na teoria e na prática dos professores? E afirma: não há, de fato, um trabalho criteriosos de formação e acompanhamento de professores para a inovação, resultando em descontinuidade e isolamento. Apresentou uma série de pontos que considerou dilemas da docência, a partir de dados de pesquisas e concluiu com algumas reflexões à exemplo de: "Ensinar a ler e escrever é um desafio que transcende amplamente a alfabetização em sentido estrito". E ainda: "o desafio da escola hoje é o de incorporar todos os alunos a cultura do escrito e o de conseguir que todos cheguem a ser leitores e escritores".

A Profa. Marilda Carneiro Santos, em sua apresentação sobre o tema DIFICULDADES E POSSIBILIDADES DE AQUISIÇÃO DA LEITURA E DA ESCRITA, iniciou com uma série de questões reflexivas a respeito do que se entende sobre aprendizagem, sobre dificuldade de aprendizagem, de leitura e de escrita, correlacionando-as com os diferentes tipos de alunos, concluindo que "aprender não se resume nas aquisições feitas na idade escolar, mas se amplia a todas as aquisições que o homem realiza durante a vida, no âmbito familiar, social e institucional." Citou os vários fatores envolvidos na aprendizagem: condições físicas da sala de aula, condições pedagógicas e corpo docente, além de uma série de outros fatores relacionados com a família e com a própria criança e que influenciam diretamente do processo ensino-aprendizagem.Encerrou elencando proposições que considera indispensáveis para que seja possível sanar todas essas dificuldades.

Após a conclusão dos trabalhos do Seminário, aconteceu a posse do Governador e Professor Roberto Figueira Santos na condição de Acadêmico Correspondente e Membro Honorário da Academia de Educação. No decorrer da solenidade, vários momentos de emoção, em especial quando mencionado nos discursos proferidos pelo Vice-Presidente da Academia, Dr. Geraldo Leite e pelo Acadêmico Edivaldo Machado Boaventura. Ambos traçaram a trajetória do homenageado, destacando o "exemplo que deixa como legado para todos que ingressaram na vida pública, de decência, caráter e dignidade pessoal e pública, bem como de coerência, sobriedade, discrição e competência". O Professor Astor Pessoa, Presidente da Academia Baiana de Educação, também apresentou saudação em nome daquela Casa, seguido do Vice-Prefeito Luciano Ribeiro.

No discurso de agradecimento, o Professor Roberto Santos, com toda a simpatia que lhe é peculiar, manifestou a sua alegria em integrar a Academia de Educação de Feira de Santana, na companhia de amigos e pessoas da sua antiga admiração. Ao falar de Feira de Santana e dos "feirenses fanáticos pela Educação", lembrou vários nomes com os quais convivera, à exemplo dos ex-Reitores da Universidade Estadual de Feira de Santana, Geraldo Leite, Josué Mello e Anaci Paim, da Profa. Eliane Azevedo, a quem denominou de "ex-discípula no magistério médico", da Profa. Cleoilda Oliveira e ainda Colbert Martins pai e filho e o Professor e Deputado Áureo Filho, que com ele participaram de lides políticas.

O Professor Roberto Santos, demonstrando vigor em sabedoria e intelectualidade, encantou a platéia com o seu pronunciamento.

Ao encerrar os trabalhos, a Profa. Anaci Paim, disse que a Academia de Educação de Feira de Santana sente-se mais forte com a elevação da sua estatura acadêmica resultante do ingresso do Professor Roberto Santos. Agradeceu às expositoras do Seminário, aos alunos e professores presentes e lamentou a ausência de um representante da Administração Superior da UEFS, dizendo que considera os docentes daquela Instituição os seus legítimos representantes.

O Seminário, realizado no Dia do Professor, conclui suas atividades com homenagem ao Professor e sorteio de vários brindes
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