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CADEIRA NÚMERO 21
PATRONO
LUIZ VIANA FILHO
(1908 - 1990)
Filho
do último governador da Bahia no século XIX,
Luís Viana, formou-se em Direito, em 1929, mas exerceu
a profissão de jornalista, correspondendo para os
jornais da capital baiana "Diário da Bahia"
e "A Tarde".
Em 1934
ingressa na política, sendo eleito deputado federal,
sendo afastado em razão do golpe do Estado Novo,
o que o devolveu para o jornalismo. Reelege-se para o mesmo
cargo, após o fim da Era Vargas, em 1945, em sucessivos
mandatos até 1966, quando se desincompatibiliza para
concorrer ao governo do Estado - numa eleição
aos moldes do Regime Militar, cuja instalação
no país apoiara - tendo sido desde 1964, Ministro
Extraordinário para Assuntos do Gabinete Civil do
regime de exceção.
Em 3
de setembro de 1966 é eleito, por via indireta, pela
Assembleia Legislativa, tomando posse no ano seguinte.
Professor
de Direito Internacional Privado e de História do
Brasil da Universidade Federal da Bahia. Como historiador
publicou alguns livros.
Foi
membro do Instituto Histórico e Geográfico
da Bahia; da Academia de Letras da Bahia; membro benemérito
do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro;
membro correspondente da Academia Internacional de Cultura
Portuguesa, da Academia das Ciências de Lisboa e da
Academia Portuguesa de História.
Após
o período de governo, foi eleito para o Senado, onde
presidiu a Comissão de Relações Exteriores
e o próprio Senado Federal, no biênio 1979-80.
Morreu em 1990, quando exercia seu segundo mandato como
senador.
Integrando
o período conhecido por "Milagre Brasileiro",
marcado por forte industrialização e exacerbado
endividamento externo, Luís Viana Filho dá início
à construção do parque industrial da
Bahia, em Aratu, girando em torno da petroquímica (CIA
- Centro Industrial de Aratu).
No discurso
de posse diz assentar seu governo no trinômio "Ordem,
Trabalho e Moralidade". Promove algumas reformas no
ensino mas, sempre voltadas à construção
de salas de aula e não ao preparo efetivo do magistério,
a partir de seu governo o Estado assistiu à decadência
da qualidade da educação pública, um
processo capitaneado pelo regime ao qual se filiara.
Em seu
governo recebeu a visita da Rainha Elizabeth II da Inglaterra.
Foi eleito
para a Academia em 8 de abril de 1954, terceiro membro da
cadeira 22, cujo patrono é José Bonifácio.
Tomou posse a 15 de abril do ano seguinte, recebido por Menotti
Del Picchia.
Professor, jornalista, político, biógrafo, historiador
e ensaísta brasileiro nascido em Paris, mas registrado
no Distrito da Sé, Salvador, Estado da Bahia, especialista
em biografias de vultos da história do Brasil. Filho
do chefe político baiano Luís Viana e de Joana
Gertrudes Fichtner Viana, foi educado no Colégio Anchieta,
em Friburgo, e no Colégio Aldridge, no Rio de Janeiro.
Fez seus estudos secundários no Colégio Pedro
II, Rio de Janeiro, e no Ginásio da Bahia, em Salvador,
e paralelamente estudou no Externato Burlamaqui Moura, Rio
de Janeiro, e em cursos particulares em Salvador. Entrou na
Faculdade de Direito da Bahia (1925), ao mesmo tempo que se
iniciava no jornalismo, trabalhando no Diário da Bahia
e posteriormente no A Tarde. Formado em Ciências Jurídicas
e Sociais, em Salvador, Bahia, entrou na política partidária
e foi ferrenho opositor da revolução (1930).
Substituiu o professor Bernardino de Sousa na cadeira de Direito
Internacional Público na Faculdade de Direito da Bahia
(1933) e elegeu-se deputado federal (1934) pelo Partido Libertador
da Bahia. Com a instauração do Estado Novo (1937)
e a dissolução do parlamento, dedicou-se ao
ensino superior e ao jornalismo durante o governo de Getúlio
Vargas. Tornou-se, por concurso, professor catedrático
de Direito Internacional Privado (1940) e com a fundação
da Faculdade de Filosofia da Bahia (1943), foi nomeado professor
de História do Brasil, cargo em que permaneceu até
se aposentar. Após a queda de Vargas, foi eleito (1945)
para a Constituinte (1946),deixou o A Tarde (1946) e retornou
à Câmara reeleito várias vezes (1950 /1954
/1958 /1962 /1966). Neste período foi eleito (1954)
para a Cadeira n. 22, na sucessão de Miguel Osório
da Almeida. Apoiou o movimento militar (1964) e foi chefe
do gabinete civil do presidente Castelo Branco. Governador
nomeado da Bahia (1967-1971), implantou o centro industrial
de Aratu, ampliou a rede escolar e tomou várias iniciativas
na área cultural. Eleito (1974) e reeleito senador
(1982), morreu em São Paulo, São Paulo (1990),
no último ano de seu segundo mandato como senador.
Escreveu A língua do Brasil (1936); A Sabinada (1938),
A vida de Rui Barbosa (1941), A verdade na biografia (1945),
O negro na Bahia (1946), Rui & Nabuco (1949), A vida de
Joaquim Nabuco (1952), A vida do Barão do Rio Branco
(1959) e A vida de Machado de Assis (1964), O governo Castelo
Branco (1974), A vida de José de Alencar (1979) e A
vida de Eça de Queirós (1984), entre outros.
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